quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Megaprojeto imobiliário e empresarial junto ao RioMar

VALOR DE VENDAS DE R$ 900 MI

#VGV = R$900 mi

As unidades do Evolution deverão, nos próximos dois anos, gerar uma arrecadação de R$ 5 milhões em IPTU

Ancorado no maior shopping que Fortaleza terá, o RioMar, foi lançado ontem o Evolution Central Park. O empreendimento, fruto de negócios entre a cearense Otoch Empreendimentos e a pernambucana Moura Dubeux Engenharia, traz no projeto seis torres residenciais, duas comerciais e um hotel, as quais devem gerar em um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 900 milhões.

Projeto traz seis torres residenciais, duas comerciais e um hotel. Complexo imobiliário totaliza 92 mil metros quadrados de área, com foco em classes com maior poder aquisitivo Fotos: divulgação

Localizado nas margens da Lagoa do Papicu, o complexo imobiliário de 92 mil metros quadrados de área tem como foco as classes mais altas, cujo poder aquisitivo propicia a união de moradia, trabalho, lazer e rede de serviços próximos uns dos outros. "Eu não conheço, no Nordeste, algo dessa magnitude e com o mesmo perfil", ressaltou o superintendente da Moura Dubeux para o Ceará e o Rio Grande do Norte, Fernando Amorim.

Só de IPTU, as unidades do Evolution deverão, nos próximos dois anos - prazo para a conclusão da construção -, gerar uma arrecadação para o município de R$ 5 milhões.

O sócio-diretor da Otoch Empreendimentos, Nelson Otoch, contou que possuía o terreno há dez anos e, só em 2009, resolveu empreender. Eles também deverão bancar parte das obras de melhoria do entorno (vias e lagoa) daquela área em parceria com o grupo JCPM - responsável pela construção do shopping -, segundo afirmou o sócio diretor da construtora pernambucana, Gustavo Dubeux.

União de moradia, trabalho, lazer e rede de serviços próximos é o fator apontado como preponderante no empreendimento

Primeiros lançamentos

Os três primeiros condomínios a serem lançados serão residenciais: Brooklin, Metropolitan e Broadway. Para os três, é previsto um VGV de R$ 300 milhões e as vendas devem começar em abril, segundo os diretores. Cada um deles possui três torres e perfil diferente, variando entre 55 m² e 190m². Os valores não foram revelados ainda. Para os outros três residenciais, a variedade de perfil permanece, chegando apartamentos de 368 m².

Já os dois prédios comerciais contam com salas de 26 m² e 560m². O hotel terá a bandeira Beach Class e será administrado em pool hoteleiro, ou seja, as 193 unidades poderão ser adquiridas e depois alugadas pelos futuros administradores.

Shopping como atrativo

Com investimento da ordem de R$ 600 milhões, o RioMar foi apenas o atrativo para a área estrategicamente pensado pelos diretores do consórcio entre a Moura Dubeux e a Otoch Empreendimentos. "Nós os convidamos para virem ao Ceará e ver a possibilidade de investir no terreno que tínhamos planejado construir o Evolution", revelou Fernando Amorim.

Com a confirmação da chegada do shopping no ano passado, Amorim contou que decidiram, então, planejar a divulgação do complexo deles com a proposta de unir moradia, trabalho, lazer e "ampla rede de serviços".

Parceria no RioMar Norte

Outra revelação de Amorim foi a continuação da parceria entre a Moura Dubeux e o grupo JCPM no RioMar Norte, o segundo shopping do grupo pernambucano em Fortaleza. De acordo com ele, a construtora ainda estuda qual tipo de edifício (residencial, comercial ou hotel) deve realizar no terreno em anexo ao shopping e não tem data prevista para a definição.

Já o RioMar Shopping receberá na próxima semana retorno da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma). Depois disso, deve, então, enviar o projeto completo acompanhado além de outros mais detalhados para ter o alvará de construção e licença ambiental.

Fonte: Diário do Nordeste - Negócios

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

7 unidades estão na lista das 10 melhores do CE

ENSINO PROFISSIONALIZANTE

Das 50 primeiras escolas do Estado mais bem classificadas no Enem, 33 são profissionalizantes

Escolas Estaduais de Ensino Profissionalizantes (EEEPs) integram sete colocações do ranking das dez melhores escolas públicas de ensino médio do Ceará. O levantamento, feito pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) e divulgado ontem, analisou o desempenho dos estudantes do ensino médio público estadual no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) entre os anos de 2009 e 2011. No período em análise, foi observado uma maior participação do Ceará no Exame.

No ano de 2011, a taxa de participação das escolas estaduais no Enem foi acima de 50%, com 50 escolas profissionalizantes FOTO: KIKO SILVA

Juntas, as escolas profissionalizantes somaram 244 estudantes que participaram do Enem em 2009, o que correspondente a 2,6% do total de alunos de escolas estaduais que realizaram a prova. Já em 2011, a taxa de participação foi acima de 50%, com 50 EEEPs registradas. Nesse caso, as escolas somaram 4.846 estudantes, representando 15,8 % do total de alunos de escolas Estaduais do Ceará na prova do Enem.

As escolas profissionalizantes ocupam da 4ª à 10ª colocação na classificação. Além de Fortaleza, aparecem unidades de Acopiara, Horizonte, Itapajé, e Russas. O levantamento aponta, ainda, que, das 50 primeiras escolas estaduais do Ceará mais bem classificadas no Enem 2011, 33 são profissionalizantes.

Integral

Integrante da assessoria especial do Enem, da Secretaria da Educação do Ceará (Seduc), Gilvana Linhares, atribui a maior participação das EEEPs no ranking ao fato dessas unidades possuirem ensino do tipo integral. "O aluno está ali para estudar o dia inteiro. Ele permanece o tempo todo em contato com o estudo", avalia.

Além disso, Gilvana Linhares destaca os bons resultados das escolas estaduais no Enem, de maneira geral, ao fortalecimento e ampliação das ações de apoio aos estudantes do 3º ano, entre elas, o projeto "Enem, Chego Junto, Chego bem", destinado a toda a rede estadual, com ações pedagógicas, palestras sobre o Exame, simulados e apoio a documentação, inscrição, e suporte no dia da prova.

Ocupam as três primeiras colocações do ranking, nessa ordem, o Colégio da Polícia Militar do Ceará, com média geral de 579.7, o Colégio Militar do Corpo de Bombeiros, com 567.7, e o Colégio Estadual Justiniano de Serpa, com média 530.2. Observa-se, conforme o levantamento, que o desempenho dessas escolas foi superior ao registrado em 2009. No Nordeste, as instituições ocupam a 2ª, 4ª e 11ª posições, respectivamente.

SAIBA MAIS

Dez melhores escolas do Ceará no ano de 2011


1. Colégio da Policia Militar do Ceará

2. Colégio Militar do Corpo de Bombeiro

3. Colégio Estadual Justiniano de Serpa

4. EEEP Maria Dolores Alcântara e Silva

5. EEEP Adriano Nobre

6. EEEP Prof. Walquer Cavalcante Maia

7. EEEP Alfredo Nunes de Melo

8. EEEP Juarez Távora

9. EEEP Prof. Onélio Porto

10. EEEP Mario Alencar

RENATO BEZERRA
ESPECIAL PARA CIDADE 

Fonte: Diário do Nordeste - Cidade

Google procura clientes no Ceará

EMPRESAS

Companhia vai realizar evento para apresentar ferramenta de trabalho voltada para pequenas e médias empresas

Depois de conquistar um número significativo de usuários que aderiram à computação em nuvem - serviço de armazenamento de dados por meio de um servidor virtual, o Google pretende expandir sua atuação no Brasil em soluções empresariais. Com isso, Fortaleza será a primeira capital brasileira a receber amanhã(27/02), no Salão Ouro II da Fábrica de Negócios, o Going Google, uma série de eventos globais que reúnem executivos de negócios.

Google quer estimular o armazenamento de dados em nuvem por pequenas e médias empresas cearenses FOTO: TUNO VIEIRA

Na ocasião, a ferramenta Google Enterprise será apresentada às pequenas e médias empresas do Ceará. O encontro, que já passou pelos Estados Unidos, Turquia e África do Sul, contará com a presença do gerente de vendas do Google para o Brasil, Danny French; da Equipe de vendas da Safetec, Parceiro Autorizado do Google Enterprise para o Brasil; e cerca de 100 empresários cearenses convidados.

Para a gerente de marketing do Google Enteprise para LatAm, Izabelle Macedo, a expectativa de aceitação por parte dos empresários cearenses à solução tecnológica é bastante positiva devido ao atual momento econômico vivido no Estado.

"Além de identificarmos potenciais clientes em Fortaleza, acreditamos que o bom momento tanto da economia do Ceará, quanto da vontade das empresas em migrar para nuvem, possuir ferramentas colaborativas e maior mobilidade, serão essenciais para que os empresários saiam satisfeitos com as nossas soluções", comenta.

Solução empresarial

Entre os serviços oferecidos pelo Google Enteprise estão: Gmail for Business, Google Agenda e Google Drive. Conforme Izabelle, o custo do serviço é de US$ 5 mensais por cada usuário.

Em expansão

Conforme o diretor da SafeTec Informática, Antonio Lapa, o interesse do Google em captar mais clientes no Estado "foi devido ao sucesso de vendas em um curto período de tempo".

"Atuamos no mercado há dois anos. Nossa matriz fica em Recife e, graças ao bom mercado que se tem em Fortaleza e às muitas indústrias e empresas com poder de decisão, optamos por abrir a primeira filial na Capital cearense há oito meses atrás. Conseguimos alguns clientes com expressão, como a Fiec, com 2.500 contas de usuários", comemora ele.

Na Região

Enquanto na região Nordeste 200 empresas utilizam a plataforma, com cerca de 40 mil usuários atualmente, o Ceará representa aproximadamente 20% deste total, conforme Lapa. No mundo inteiro, de acordo com Izabelle, cinco milhões de empresas aderiram. Embora o crescimento seja satisfatório na região, o executivo afirma que o "mercado está muito verde" e que os empresários precisam conhecer os benefícios do armazenamento de dados em nuvem.

Going Google

Data: 27/02
Horário: 8h30 às 12h
Local: Fábrica de Negócios - Avenida Monsenhor Tabosa, 740
http://www.queremosgoogle.com.br/


Fonte: Diário do Nordeste - Negócios

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Fortaleza vai precisar de 441 novas antenas de celular até a Copa

última hora
Agência Brasil | 16h55 | 26.02.2013

#Oportunidades

O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal estima que as 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 vão precisar de 9.566 licenças para a instalação de antenas de quarta geração da telefonia móvel (4G). No total, Fortaleza deverá necessitar de 441 antenas.

Uma lei federal para unificar as regras sobre instalação de antenas nos municípios brasileiros foi aprovada no Senado, e a expectativa do governo é que a matéria seja analisada pela Câmara dos Deputados no primeiro semestre deste ano. Para o sindicato, a lei vem no momento em que é crescente a demanda da população brasileira por serviços móveis, especialmente a banda larga no celular. 

De acordo com a entidade, a cidade que mais exigirá antenas será São Paulo, com 2.784. Em segundo lugar, aparece o Rio de Janeiro, com 1.723, seguido de Brasília, com 954. Na sequência, Porto Alegre, com 665, e em quinto lugar Curitiba, com 652 antenas. Em sexto, está Belo Horizonte, com 642, à frente de Salvador (564), Recife (490), Fortaleza (441), Manaus (271), Cuiabá (215) e Natal (165).

A primeira faixa de frequência que será usada no Brasil pela tecnologia 4G será a de 2,5 giga-hertz, leiloada no ano passado. Segundo o sindicato, a frequência exige número de antenas duas a três vezes superior ao que é necessário para a tecnologia de terceira geração (3G), que é usada atualmente para o acesso à internet móvel. A entidade estima que será necessária a implantação de uma média de 30 Estações Rádio Base por dia para atender as necessidades da Copa.

Pelo cronograma de instalação, previsto no edital, a 4G deve estar funcionando em abril deste ano nas cidades-sede da Copa das Confederações e em dezembro de 2013 nas cidades-sede da Copa do Mundo. As prestadoras de telefonia móvel assinaram termo de compromisso para o compartilhamento de infraestrutura de 4G.

Recentemente, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, pediu apoio dos prefeitos para facilitar a instalação de antenas e torres de celulares no país. “Precisamos ter qualidade, precisamos ter cobertura, as pessoas estão reclamando. Precisamos ter serviço de melhor qualidade, mas se os municípios não deixarem instalar antenas, não vai ter o serviço”, ressaltou.

Fonte: Diário do Nordeste - Negócios

BB utiliza smartphone para transações pela internet

O APLICATIVO FUNCIONA COM IPHONE, BLACKBERRY E APARELHOS COM SISTEMA OPERACIONAL ANDROID. NÃO HÁ CUSTO PARA O CLIENTE

Sede do BB, em Brasília:  a disputa opõe o presidente do banco, Aldemir Bendine, e Ricardo Flores, da Previ (Foto: Folhapress)O Banco do Brasil (BB) começou a divulgar uma nova tecnologia de segurança para transações pela internet. Atualmente, os clientes pessoas físicas do BB só podem fazer operações por meio de computadores previamente cadastrados, em que são instalados programas de segurança.

SEDE DO BB, EM BRASÍLIA: A DISPUTA OPÕE O PRESIDENTE DO BANCO, ALDEMIR BENDINE, E RICARDO FLORES, DA PREVI (FOTO: FOLHAPRESS)

A novidade é que é possível realizar essas operações a partir de qualquer computador, mesmo que a máquina não esteja cadastrada. Será necessário, entretanto, contar com um smartphone para completar a transação. Ao fazer a transação pela internet, o cliente do BB verá no monitor um código de barras bidimensional (QR-Code).

A mudança ocorre a partir desse momento. Em vez de digitar a senha da conta corrente para confirmar a operação, será necessário usar um aplicativo do smartphone que lerá o código no computador. Ao confirmar a transação por meio do smartphone, será gerada uma senha para ser digitada no computador e encerrar o procedimento.

O uso dos dois aparelhos - computador e smartphone - é necessário para evitar que a transação seja interceptada e que o cliente tenha a senha roubada. Desde o lançamento do projeto piloto, no ano passado, 100 mil clientes utilizam o serviço. A meta do banco é pelo menos triplicar o número até o fim do ano, com o início da campanha para adesão ao serviço.

Luiz Fernando Ferreira Martins, gerente executivo da Diretoria de Gestão de Segurança do Banco do Brasil, diz que o telefone funciona como decodificador, por isso, não precisa estar conectado à rede da operadora. Por causa da maior segurança, o cliente que utilizar o sistema terá os limites de valores das transações triplicados, automaticamente.

O aplicativo funciona com iPhone, BlackBerry e aparelhos com sistema operacional Android. Não há custo para o cliente.

"Acho que podemos ter uma adesão maior neste ano. Ainda há um limitador, que é o cliente ser portador de smartphone, mas não tenho dúvida de que a tendência é que o uso desse tipo de aparelho cresça e a maioria dos internautas deva ir para essa solução de segurança", afirmou Martins.

O executivo informou que a tecnologia foi idealizada por funcionários do banco, em pesquisa na Universidade de Brasília e desenvolvimento na própria instituição. 

Fonte: ÉPOCA Negócios

Refinaria da Petrobras no Ceará poderá sair após parceria com chineses ou coreanos, diz governador

ÚLTIMA HORA
Agência Brasil | 19h02 | 26.02.2013

Premium 2 deverá ser construída nos municípios de São Gonçalo do Amarante e Caucaia

#Será que agora sai?

O projeto da Refinaria Premium 2 poderá finalmente sair do papel, por meio de uma parceria entre a Petrobras e uma empresa chinesa ou coreana, disse nesta terça-feira (26) o governador do Ceará, Cid Gomes, que se encontrou com a presidenta Dilma Rousseff. A refinaria deverá ser instalada no Ceará e, segundo o governador, o governo federal tem cobrado a Petrobras para que leve o projeto adiante.

Opção por uma parceria para a construção da refinaria se deve aos problemas de capitalização da Petrobras Foto: Arquivo

“A presidenta me disse que tem cobrado da presidenta Graça Foster [presidenta da Petrobras] providências. E essas providências vão, muito provavelmente, se configurar com a formação de uma sociedade entre a Petrobras e uma empresa da China ou da Coreia. A Petrobras está conversando com duas empresas chinesas e com uma coreana”, disse Cid Gomes após a reunião.

Com capacidade para refino de 330 mil barris por dia, a Premium 2 deverá ser construída nos municípios de São Gonçalo do Amarante e Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza. Segundo o governador, uma área de 1,9 mil hectares está garantida para o empreendimento e até uma comunidade indígena que vivia no local foi retirada. O projeto também já tem licença de instalação, que autoriza o início das obras, de acordo com o governador.

A opção por uma parceria para a construção da refinaria se deve aos problemas de capitalização da Petrobras nos últimos anos, segundo Cid Gomes. “A Petrobras tem se descapitalizado ao longo dos últimos anos, porque está exportando petróleo, comprando derivados de petróleo, que são mais caros, e vendendo esses derivados no mercado interno a um preço mais baixo que o que ela está comprando. Dificilmente ela vai, no curto prazo, ter capital para fazer esses grandes investimentos, além dos que já está fazendo no Rio de Janeiro e em Pernambuco”, declarou.

Além de cobrar a construção da refinaria, Cid Gomes disse ainda que apresentou à presidenta Dilma um programa para universalização da educação integral para estudantes do 6° ao 9° ano do ensino fundamental. O projeto prevê a implantação das escolas em tempo integral prioritariamente em regiões de baixa renda, com índices elevados de analfabetismo e de violência. Segundo o governador, Dilma “adorou” a ideia e pediu que ele apresentasse o programa ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Fonte: Diário do Nordeste - Negócios

Dilma quer zerar déficit de projetos estruturais


EM 2014

Brasília Quando encerrar seu mandato, em dezembro de 2014, a presidente Dilma Rousseff quer ter colocado na rua um volume de projetos capaz de zerar o atual déficit de infraestrutura no Brasil, estimado em R$ 500 bilhões. Para isso, vai contar com a ajuda da iniciativa privada. Estão no forno novas concessões e, em alguns casos, Parcerias Público-Privadas (PPPs).

O presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, pretende apresentar no mês que vem, ao Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte (Conit), conjunto de concessões em rodovias e ferrovias.

Prioridades

Para isso, está em curso pesquisa sobre os pontos de origem e destino de cargas no País. Um simulador vai indicar onde haverá gargalos, e isso vai definir o grau de prioridade do empreendimento. Um segundo grupo de projetos será selecionado em 2014. Os dois pacotes a serem divulgados deverão somar R$ 300 bilhões.

Fonte: Diário do Nordeste - Negócios

Ceará terá o maior parque solar do País neste ano

POTENCIAL ENERGÉTICO


Novo projeto em Russas terá capacidade para abastecer uma cidade com cerca de 100 mil habitantes

O projeto já passou por audiência pública em Russas. Aguarda a avaliação da Chesf FOTO: CID BARBOSA

O Ceará deve abrigar, até o fim deste ano, o maior parque de energia solar do País. Ao todo, devem ser investidos R$ 60 milhões para a instalação de uma potência de 10 megawatts (MW) em Russas pela Kwara - empresa cearense que conta com sócios brasileiros em São Paulo e dos EUA. A construção do projeto tem previsão de ser iniciada até junho, deixando o Estado mais uma vez na vanguarda nacional da geração deste tipo de energia renovável. A capacidade do projeto deve ser o suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 100 mil habitantes, de acordo com o diretor geral do empreendimento, Augusto César Rodrigues, e deve atender o mercado livre de energia, ou seja, deve comercializar o fornecimento com indústrias ou grandes empresas.

Área

Batizado de Kwara Solar Russas I, o parque conta com investimento próprio dos sócios e é planejado desde maio do ano passado. Para a construção, deve utilizar 47 hectares, dos 450 hectares do terreno já adquirido.

A localização, segundo o diretor, é estratégica. O terreno fica nas margens da BR 116, em Russas - A 165km de Fortaleza - e fica a 11 Km das subestações da Companhia Energética do Ceará (Coelce) e da Companhia Hidrelétrica do Rio São Francisco (Chesf), nas quais deve lançar a energia gerada.

"Ainda não estamos ofertando no mercado livre, mas quando tivermos, já temos prospecções. E o nosso cliente preferencial, provavelmente, deve ser o industrial", revelou o diretor Comercial, Luiz Duarte.

Outras usinas

A capacidade instalada de 10MW do empreendimento executado por Augusto é dez vezes maior que as outras duas plantas solares em atividade no Brasil. A primeira delas é o projeto de 1MW MPX, que opera em teste em Tauá. A segunda é a da CPFL Renováveis, em Tanquinhos, em Campinas, que tem 1,1MW.

Augusto contou ainda dos planos de montar, em Russas, um laboratório para trabalhar a durabilidade e o rendimento dos painéis e demais equipamentos usados. "O que acontece é que você não tem hoje, no Brasil, o que realmente ocorre numa placa instalada aqui. Todas as medições são feitas do exterior", diz.

Documentação exigida

Sobre os documentos necessários para iniciar a obra no meio deste ano, o diretor de Operações da Kwara, Edilberto Rodrigues, conta que o projeto já tem a avaliação da Coelce e teve também a audiência pública realizada em Russas. Agora, aguarda a avaliação da Chesf. Os documentos são exigidos para a chamada consulta de acessibilidade. Todos devem ser encaminhados para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) junto com o licenciamento ambiental.

"Esses procedimentos correm juntos e não devem ter muitos empecilhos. O prazo legal da Chesf, por exemplo, é de 180 dias, mas acreditamos que saia antes por não ter tanta demanda para aquela área, além de ser um projeto de visibilidade", aposta.

No entanto, a instalação dos 10MW de capacidade fazem parte apenas da primeira fase do empreendimento. A ideia é executar três projetos consecutivos com 30MW de potência instalada cada, todas viabilizadas financeiramente a partir de leilões.

"Muitos investidores vêm estudando a possibilidade de esperar pelo leilão ou avançar investindo na construção da usina. É uma coisa que pode até mudar de rota, mas nosso direcionamento é iniciar o projeto da Kwara Solar Russas II a partir do posicionamento do governo a respeito do leilão", ressaltou o diretor de operações.

A expectativa dele é de que os pleitos ocorram entre 2014 e 2015, já que os rumores de os leilões para energia solar fossem feitos no ano passado não se tornaram verdade - "e isso assustou muito o investidor". Com a ampliação, o projeto vai saltar para 100MW de potência instalada e terá o investimento multiplicado por 10, chegando perto dos R$ 600 milhões. Com a oferta, ele disse esperar da geração para o mercado livre de energia a maior e mais forte fonte de negócios da empresa em todas as praças nas quais atuam.

Além da geração de energia para o mercado livre, a Kwara atua também na manutenção e elaboração de projetos elétricos e, agora, planeja entrar na micro e minigeração (para atender residências e pequenos negócios).


Fonte: Diário do Nordeste - Negócios

Parceria Diagonal e Rossa acaba após 6 anos

CONSTRUÇÃO CIVIL

Parceiras desde 2007, as construtoras Diagonal e Rossi seguem, agora, caminhos separados

Diagonal e Rossi estiveram juntas em mais de 20 empreendimentos residenciais e comerciais lançados no Ceará e Rio Grande do Norte foto: divulgação

Mais maduro e sólido, o mercado imobiliário cearense começa aos poucos a quebrar as amarras com as construtoras de fora do Estado - experiência iniciada em meados da década de 2000 - e parte para empreender em “carreiras solo”, ou ainda parcerias, mas com empresas da própria terra. No Ceará, a sociedade entre as construtoras e incorporadoras cearense Diagonal e a paulista Rossi chega ao fim, após seis anos de atuação conjunta e mais de 20 empreendimentos residenciais e comerciais lançados, desde 2007, nos Estados do Ceará e Rio Grande do Norte.

O fim da parceria entre as duas empresas foi confirmado ontem, pelo presidente da Diagonal, o empresário João Fiúza, segundo quem, o processo de “separação” se deu de forma tranquila, após seis anos de aprendizado e troca de experiências e de tecnologias entre as duas construtoras. No mesmo caminho, seguem, segundo informações de fontes do mercado no setor, as construtoras Magis e MRV Engenharia, cuja parceria também estaria se encerrando, em breve.

Situação dos contratos 

Apesar do fim da sociedade com a Rossi, Fiúza garantiu que nada muda nos empreendimentos em construção e que a Diagonal continua a responder por todos eles. Anunciou também, pelo menos, cinco novos empreendimentos próprios neste ano, da ordem de R$ 700 milhões, e a continuidade de parcerias com construtoras locais, como Idibra e BSPar.

Analistas do mercado imobiliário cearense, explicam que o início das parcerias das construtoras alencarinas com grandes incorporadoras de fora do Estado começou em 2003, com o início do “boom” da construção civil no País. Em busca de experiências, tecnologia, expansão, capilaridade e capital para atuarem em vários mercados, algumas empresas de fora e do Ceará buscaram se unir.

Para o vice-presidente do Sinduscon-CE, André Montenegro, essa experiência foi boa sob alguns aspectos; da tecnologia e troca de “expertise”, mas trouxe problemas, como o engessamento e menor velocidade de ação e decisão, inerentes às sociedades empresariais. “Hoje, o mercado imobiliário cearense está maduro, se expandindo e operando com as próprias pernas. Sabe produzir, comprar e vender sozinho”, avalia.

Segundo ele, outros fatores de mercado, como facilidades de crédito nos bancos para construir e financiar os imóveis, bem como o incremento da demanda e o amadurecimento produtivo e comercial das construtoras têm aquecido e profissionalizado o setor, permitindo avançar com as próprias pernas. “Quem apostou andar sozinho hoje está muito bem”, disse Montenegro.

Fonte: Diário do Nordeste - Negócios

Produção de calçados deve aumentar 10% neste ano

NO CARIRI

Mesmo com queda nas exportações de 9% em 2012, o Ceará conseguiu aumentar em 7,5% os pares embarcados



O Ceará exportou mais da metade de pares de calçados que o Rio Grande do Sul, líder nas vendas. O 1º lugar fechou 2012 com US$ 385 milhões e o Estado, que ficou em 2º lugar, teve faturamento de US$ 319 milhões FOTO: SILVANA TARELHO


Se o ano passado resultou em declínio para o setor de calçados em todo o País, o Ceará conseguiu se manter sem crescimentos, porém, sem perdas. Para este ano, na região do Cariri - que concentra um dos polos industriais do Estado - a projeção é de aumento de 10% no faturamento, de acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados e Vestuário de Juazeiro do Norte e Região (Sindindústria), Antônio Mendonça. A expectativa é fechar 2013 com uma produção de 100 milhões pares de calçados.

Segundo dados do Sindindústria, as 250 empresas da região fecharam 2012 com 96 milhões de pares produzidos e com 16 mil funcionários empregados. "O ano foi difícil para o setor de modo geral, principalmente para as exportações. Mas, na região, temos nos mantido. Para 2013, começamos dando continuidade ao projeto de inovação, com busca de informação", comenta Mendonça.

Projeção local

De acordo com ele, no ano passado houve melhoria do produto, estabilidade no mercado cearense e projeção da produção local. "Não é um crescimento palpável, mas, para mim, é um crescimento na questão de fixar melhor as marcas", analisa o presidente. A ideia, destaca Mendonça, é buscar inovação para se manter no mercado no intuito de se tornar mais competitivo e vender para todo o Brasil.

"Os pequenos e médios produtores vêm trabalhando em busca de diferencial - um produto que se identifique mais com a necessidade do consumidor local", diz. Dentre os maiores consumidores dos produtos da região do Cariri estão os estados do Nordeste e São Paulo, este último representa 20% das vendas. As exportações, segundo ele, ficam por conta das grandes indústrias instaladas no Ceará.

Exportações

O Brasil teve movimento de queda nas exportações no ano passado, com decréscimo de 15,7%, o pior resultado em 25 anos, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados). "No Ceará, a queda foi de 9%, mas houve crescimento de 7,5% nos pares embarcados, podendo ser entendida como a redução do valor médio do calçado embarcado pelo Estado", comenta o diretor-executivo da Abicalçados, Heiton Klein.

Klein explica que isso ocorreu devido à desvalorização da moeda nacional. Apesar de ter aumentado o volume das vendas e ter comercializado com preços menores, ele ressalta que o movimento não significa perda de rentabilidade - já que é possível angariar com essa desvalorização da moeda ao mesmo tempo que se transfere o benefício para o comprador. O valor médio do par comercializado no Ceará, em 2011, foi de R$ 7,79, passado para R$ 6,60 em 2012.

O diretor-executivo também comenta que a indústria cearense tem apresentado um "comportamento interessante" na produção nacional e nas exportações, com liderança em alguns meses do ano passado.

"No total do ano, é um dos estados mais importantes em volume de negócios, com 45 milhões de pares exportados em 2011 e 48 milhões de pares em 2012. A liderança é em termos físicos pelas características do produto, que acaba não sendo líder em termos monetários", analisa o diretor-executivo. O Ceará exportou mais da metade de pares de calçados que o Rio Grande do Sul, líder nas vendas. O primeiro lugar fechou ano passado com US$ 385 milhões e valor médio do par de R$ 24,97. Enquanto isso, o Ceará, que ficou em segundo lugar, teve faturamento de US$ 319 milhões.

Com relação às exportações para a Argentina, cuja entrada de calçados brasileiros esteve barrada desde 2011, Klein ressalta que a questão foi parcialmente contornada. "Em outubro e novembro (do ano passado), a Argentina liderou grande volume de exportação e os embarques foram quase normalizados. Agora, em fevereiro, vamos ter concentração maior de entrega para a temporada outono e inverno. Se não for verificada a mesma agilidade, vamos procurar o governo para solicitar adoção de medidas", afirma.

América Latina

Dentre os países que têm se mostrado as maiores apostas para o mercado brasileiro estão a França, cujo crescimento nos embarques de pares foi de 15,8% em 2012. "Além disso, estamos observando os países da América Latina, especialmente Bolívia, Colômbia e Peru, que estão movimentando interesse pelo produto". Já a Argentina, segundo Klein, não se apresenta como uma mercado tão promissor para o produto brasileiro. "Acredito que, embora se tenha expectativa, o produto continuará excedendo pela deterioração da economia, a queda no consumo e a diminuição das compras", diz.

Mercado interno

Com a queda nas exportações e o natural aumento da oferta interna, a disputa no mercado ficou mais acirrada. "Tivemos crescimento no consumo de calçados na ordem de 5%, mas não favoreceu as indústrias do Brasil, porque a importação teve crescimento notável", afirma o diretor-executivo. Isso porque, destaca, as importações cresceram 24% em valor e 14% em quantidade no ano passado.

Para conter uma possível concorrência desleal, sobretudo dos produtos asiáticos, ele diz que a indústria nacional está buscando soluções junto ao governo federal.

"O trabalho é no sentido de colocar freio nas altas cargas comerciais e na concorrência que não tem condições de combater", lamenta Klein.

Fonte: Diário do Nordeste - Negócios

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Porto das Dunas

Aquiraz

Excelente terreno com Estudo de Viabilidade próximo ao Beach Park.













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Empresa quer captar R$ 200 mi em Fortaleza

MERCADO FINANCEIRO

Especializada em investimentos alternativos, a HPN Invest deve chegar em maio ou junho

Em um momento em que a poupança já não é mais considerada uma boa aposta dentro do mercado financeiro - a previsão é de 5,075% para o rendimento ao ano, o menor da história - e os ativos de renda variável têm permanecido estáveis, sem grandes quedas ou altas, os investidores vêm buscando alternativas para continuarem lucrando. Apostando neste cenário, a empresa gestora de recursos HPN Invest chega este semestre em Fortaleza, onde pretende captar, ainda em 2013, cerca de R$ 200 milhões em investimentos alternativos.


A maior aposta do diretor Rodrigo Souza será os fundos de investimentos, em que os investidores poderão entrar com valores a partir de R$ 5 mil FOTO: DIVULGAÇÃO

A meta é ousada, até porque a primeira unidade da empresa na capital cearense só deve ser instalada entre maio e junho, o que dá apenas um semestre para a HPN Invest captar o que planeja.

"O mercado financeiro acaba focando apenas na região Sudeste e nos grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro. Sinceramente, não entendo como muitos ignoram o crescimento absurdo que o Nordeste vem tendo nos últimos anos", comenta o diretor Rodrigo Souza.

Escolha por Fortaleza

De acordo com o diretor da HPN Invest, a decisão de inaugurar uma unidade na capital cearense faz parte de um plano de ação em todo o Nordeste, que visa ajudar a empresa a crescer mais 180% em 2013. Com unidades já instaladas em Recife e mais três cidades do País, a assessoria financeira cresceu 26% ao mês no ano passado, tendo movimentado R$ 1 bilhão. "O Ceará, em especial a capital, Fortaleza, está numa crescente acelerada do ponto de vista do poder aquisitivo da população. Os números mostram isso, já que a cidade elevou o seu PIB (Produto Interno Bruto) em 180% nos últimos dez anos e hoje já é a nona economia do país. Dessa forma, ficou fácil decidir onde iríamos apostar para expandir nossos negócios no Nordeste", explica.

Tipos de investimento

Ainda conforme Rodrigo Souza, a principal estratégia da HPN para captar investimentos é disponibilizar outras alternativas, diferente das habituais. "As pessoas estão acostumadas a investir apenas na poupança e no CDB (Certificado de Depósito Bancário), o que limita suas chances de lucro, já que essas opções não estão rendendo como antes. Por isso, disponibilizamos, por exemplo, a compra de títulos públicos, que rendem mais e têm o próprio governo brasileiro como garantia", diz.

Outro investimento que será oferecido pela HPN em Fortaleza é a Letra de Crédito Imobiliário (LCI), um título de crédito nominativo de livre negociação. "A LCI tem a mesma segurança de um CDB, mas rende mais. Esse tipo de investimento é pouco oferecido pelos bancos, pois não é interessante para eles o negociarem, tendo em vista que dependem deles para sua capitalização", afirma.

Os fundos de investimentos, porém, serão a maior aposta da empresa gestora de recursos, onde devem se concentrar a maioria do capital arrecadado. "Temos um fundo atrelado à inflação, onde os investidores poderão entrar com valores a partir de R$ 5 mil e terem 16% de rentabilidade por ano, já que a inflação será uma preocupação constante do governo em 2013. É uma alternativa para tirar proveito desse mal que tanto nos tira dinheiro", conclui. 

Fonte: Diário do Nordeste - Negócios

CE: portugueses miram o Interior


INVESTIMENTOS

Empresas de Portugal querem aproveitar empreendimentos previstos no Estado para expandir negócios

Em meio à crise que abala o Leste europeu e o grande volume de investimentos em obras no Brasil, novas empresas portuguesas voltam a mirar o Ceará como oportunidade para abertura de novos negócios. Com incentivos fiscais ofertados pelo governo e obras de Norte a Sul do Estado, o interior cearense tem sido o "porto" preferido à ancoragem e expansão dos empreendimentos.

Estão em vista uma fábrica de implementos rodoviários e outra de reciclagem de pneus e fabricação de pavimentos e pisos de borracha FOTO: DIVULGAÇÃO

Com polo de calçados consolidado e duas grandes cimenteiras (fábricas de cimento) em instalação, o município de Sobral foi o escolhido pelas lusitanas Galtrailer e Flexpiso, para implantação de seus parques industriais no Ceará. A primeira pretende construir, ainda este ano, uma fábrica de implementos rodoviários (grandes caçambas para transporte de minérios, areia e brita; reboques e pranchões para transporte de máquinas de até 100 toneladas etc); e a segunda, uma unidade fabril para reciclagem de pneus usados e fabricação de pavimentos e pisos de borracha, incluindo dormentes para ferrovias.

Infraestrutura

"Na primeira fase, a Galtrailer pretende fabricar pranchões, caçambas e reboques", antecipa o diretor de Infraestrutura da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), Eduardo Neves. "A crise (financeira) no Leste europeu tem sido decisiva para empresários de lá investirem fora (da Europa)", explica Neves.

Além disso, acrescenta, os mercados cearense e nordestino são muito promissores para este tipo de empresa, tendo em vista a grande movimentação de ferro, máquinas, pás de aerogeradores e até trens na região, neste e nos próximos anos. "Quanto a escavação dos túneis do metrô da Linha Leste irá movimentar só de terra?", exemplifica, lembrando ainda das obras da Transnordestina, Transposição do Rio São Francisco e de instalação de usinas eólicas na região.

Para se instalar em Sobral, a Galtrailer vem pleiteando à prefeitura do Município, área de quatro hectares no Distrito Industrial, à margem da BR-222; e infraestrutura de acesso e de energia. Do governo do Estado poderá ser beneficiada com isenção de tributos, da ordem de 75% do ICMS, e demais benefícios do Fundo de Desenvolvimento Social (FDI).

A empresa deve absolver investimentos iniciais, próprios, da ordem de R$ 12 milhões, e gerar 52 empregos diretos, na primeira fase. A instalação de uma linha de produção de equipamentos agrícolas é parte dos planos da Galtrailer, na segunda fase do empreendimento.

Flexpiso

Com investimentos da ordem de R$ 18 milhões, a Flexpiso deve começar a operar em Sobral em maio próximo, a princípio em galpões alugados, enquanto negocia uma área própria para instalação definitiva do empreendimento. Com uma fábrica em Portugal, a empresa pretende produzir pisos para parques infantis e desportivos, playgrounds, brinquedos e dormentes para trilhos ferroviários, à base de polímeros de borracha recicladas de pneus inservíveis.

Conforme explicou Eduardo Neves, as novas empresas que hora chegam são médias empresas europeias, que já têm mercados consolidados em países da Europa, África e que agora buscam espaço no Brasil e América Latina, a partir do Ceará. A boa relação entre os dois países e as facilidades da língua são fatores que facilitam as negociações. 


Fonte: Diário do Nordeste - Negócios

Ceará .Infraestrutura.

ORIUNDOS DA COREIA DO SUL

CSP recebe primeiros equipamentos

Segundo a empresa sul-coreana Posco, as obras civis estão programadas para até o próximo ano

Os primeiros equipamentos da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) chegaram ao Ceará. O navio STX Brassiana, que trouxe a carga, estava em alto mar desde o último domingo (10) e, na noite da última quarta-feira (13), recebeu autorização para atracar no Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante. Segundo a CSP, os 36 volumes que vieram da Coreia do Sul devem ser montados no empreendimento entre 2014 e 2015.

Os 36 volumes devem ser montados no empreendimento entre os anos de 2014 e 2015, de acordo com nota enviada pela assessoria de imprensa da empresa FOTO: MARÍLIA CAMELO

"Seguindo o cronograma das obras da siderúrgica, até 2014 estão programadas as obras civis dos galpões, edificações, vias internas e instalações diversas. A montagem e testes dos equipamentos acontecerão entre 2014 e 2015", detalha a nota enviada pela assessoria da empresa sul-coreana. Todo o material deve montar a parte chamada coqueria da CSP e custou US$ 340 milhões. As caixas com ele vieram embaladas em lonas plásticas azuis e correspondem a 1.953 metros cúbicos de peças, o que equivale a 99.841 quilos. Já o tempo previsto para a descarga do Brassiana deve durar "cerca de três dias", segundo estimativa da Cearáportos, que administra o terminal do Pecém.

Cargas ficarão no Tmut

Outra informação confirmada pela Cearáportos é de que os 36 volumes devem ficar ´guardados´ no pátio do Terminal de Múltiplo Uso (Tmut) até que saia o alfandegamento da ZPE. Como informou com exclusividade o Diário do Nordeste na edição do 8 de fevereiro deste ano, os equipamentos poderão permanecer no Porto do Pecém por até 90 dias sem que nenhum procedimento alfandegário seja exigido deles. Ainda segundo a Cearáportos, o navio STX Brassiana possui carga mista e trouxe, além das peças da CSP, 19 mil toneladas de bobina para indústrias siderúrgicas. Dados de carga e descarga do terminal de São Gonçalo ainda atestam que mais de dez navios com material para a siderúrgica cearense já aportaram lá, todos trazendo - da Coreia do Sul, China ou Vietnã - estacas para o início da obra civil do empreendimento.

O material ficará guardado no pátio do Terminal de Múltiplo Uso até que saia o alfandegamento da ZPE. Os equipamentos poderão permanecer no Porto do Pecém por até 90 dias sem que nenhum procedimento seja exigido FOTO: MARÍLIA CAMELO

Impasse do alfandegamento

No entanto, para que a construção da CSP continue respeitando o prazo ou, pelo menos, que os equipamentos desfrutem dos benefícios fiscais da Zona de Processamento e Exportação (ZPE), é necessária a expedição do Ato Declaratório Executivo (ADE) pela Receita Federal.

O documento faz da ZPE uma área alfandegária, a qual deve ter o poder de conceder benefícios às empresas que estão dentro da área dela - no caso, a CSP.

A primeira data anunciada pelo governo do Estado para que o processo de alfandegamento fosse concluído foi 15 de dezembro do ano passado. Depois, quando a construção física da sede administrativa não foi concluída a tempo, o prazo foi transferido para 25 de janeiro. Em ambos, existia a expectativa do governador Cid Gomes de contar com a presença da presidente Dilma Rousseff para a inauguração da ZPE do Ceará.

O início de março é tido, agora, como o prazo máximo para a conclusão do processo. Caso realmente saia, os diretores da ZPE Ceará e da CSP afirmaram que os equipamentos devem entrar com benefícios e não atrasarão as obras da siderúrgica.

Custo

340 milhões de dólares é quanto custou o material que deve ser utilizado na montagem da parte da siderúrgica chamada coqueria

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MP DOS PORTOS

Portuário quer alterar regras

Brasília. Representantes do setor portuário se reuniram, onte, com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, com o objetivo de sensibilizar o governo para alterar a medida provisória que muda as regras de operação dos portos brasileiros (MP 595). A audiência, acertada pela deputada estadual Telma de Souza (PT-SP), ex-prefeita de Santos, antecede a instalação da comissão mista do Congresso que analisará a MP, prevista para o dia 20.

Paralelamente, trabalhadores dos portos estarão reunidos em Brasília para fechar o calendário de mobilização contra a MP, que permite a privatização do setor. O presidente da Força Sindical e deputado federal, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), disse que a pressão dos trabalhadores é pela paralisação.

Os sindicalistas temem demissão e perdas de direitos trabalhistas com as novas regras instituídas pela MP. Eles argumentam que a privatização vai deixar precária a relação trabalhista. Outra consequência apontada é que a privatização resultará na prática de dumping pelas empresas que terão o domínio sobre os portos, baixando os preços até acabar com os atuais que operam no sistema de concessão, para depois subirem as tarifas.

As novas regras permitem a construção e a operação de terminais privativos sem restrição de cargas. A MP, que recebeu 645 emendas, foi editada em dezembro do ano passado e perderá a validade em maio, se não for votada até lá. A MP dos portos é uma das 23 medidas provisórias tramitam no Congresso.

Na fila

Na Câmara, três medidas provisórias estão na fila à espera de votação: a que estende a desoneração da folha de pagamento para novos setores (MP 582), a que trata de políticas de subvenção aos financiamentos concedidos pelo Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (MP 581) e a que destina crédito de R$ 1,68 bilhão para o Fundo de Financiamento Estudantil (MP 588).

No Senado, a pauta está trancada pela MP 585. Ela libera R$ 1,95 bilhão para compensar as perdas decorrentes de desonerações para exportação.

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REFINARIAS DE PETRÓLEO

ANP destaca relevância das Premium I e II

Documento da ANP mostra que as refinarias Premium I e II não serão concluídas antes de 2017/2018 

Relatório sobre a evolução do mercado de combustíveis e derivados: 2000 - 2012, divulgado ontem, pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) revela a importância da construção das refinarias de petróleo Premium I e II, respectivamente, nos Estados do Maranhão e do Ceará, para adequação da atual oferta nacional ao novo perfil da demanda do mercado por gasolina, óleo diesel, GLP, nafta e QAV (querosene de aviação).

O documento chega em momento em que o gabinete da Casa Civil retoma os entendimentos com o Palácio do Planalto, para agendamento de visita do governador do Ceará, Cid Gomes, à presidente Dilma Roussef, reunião na qual os temas refinaria e seca devem constar, certamente, na pauta.

No documento, a ANP transcreve citações do último Plano de Negócios e Gestão da Petrobras 2012-2016, onde diz que as refinarias Premium I e II, e o segundo trem de processamento do Comperj não serão concluídos antes de 2017/2018. Consta também, que os projetos das duas refinarias no Nordeste estão em processo de avaliação e que somente serão implementadas “caso se verifique o alinhamento de seus custos com as métricas internacionais, em termos de Capex e taxas de retorno de investimento”.

Abastecimento

Sintetizado em 23 páginas, o relatório da ANP destaca logo no início que “as recentes e crescentes dificuldades para a garantia do abastecimento de derivados de petróleo no Brasil suscitam a busca de soluções de curto e longo prazo, as quais dependem de investimentos e incentivos visando à ampliação da oferta, à redução da demanda e à otimização da infraestrutura de logística”.

Afirma ainda que os cenários que preconizavam expectativas de autossuficiência, e até mesmo de exportação de derivados, no horizonte de 2020, parecem definitivamente ultrapassados. Na avaliação da ANP, a dependência das importações tem se ampliado, gerando efeitos perversos sobre a balança comercial do país, diante do aumento crescente da demanda e déficit de produção de combustíveis e derivados. Conforme o relatório, no intervalo de 2001 a 2011, a taxa média do PIB do Brasil, cresceu 3,76%, contra 4,05% do diesel, 4,60% da gasolina e 9%, do etanol. Mostra ainda, que apesar do direcionamento de grande parte do aumento do consumo de combustíveis para o etanol entre 2003 e 2009, a partir de 2010 os preços da gasolina voltaram a ser competitivos e o consumo deste produto voltou a crescer, fechando 2012 com aumento de 13%, sobre a demanda de 2011.

Parque de refino

Nesse contexto em que também se destaca o descolamento dos preços da gasolina praticados no mercado doméstico, em relação aos preços internacionais, amplia-se a necessidade e as perspectivas de expansão do parque de refino nacional para este e demais derivados do petróleo.

Demanda elevada

A expansão se faz necessária à adequação da produção ao perfil da demanda em elevação, para produção de derivados de maior valor agregado e atendimento de novos requisitos de qualidade dos produtos, a exemplo do diesel com menor teor de enxofre, bem como à redução dos custos logísticos.

Nesse cenário, o relatório da Agência Nacional de Petróleo aponta as perspectivas de aumento da capacidade de processamento do parque de refino até 2020, a partir da entrada de operação das refinarias Abreu Lima, em Pernambuco, em 2014, da Premium I e II, a partir de 2017 e 2018, respectivamente, e do primeiro trem de processamento do Compej, no Rio d janeiro, em 2015, como condições para ampliação da oferta interna de derivados de petróleo e consequente redução das importações desses produtos.


Fonte: Diário do Nordeste - Negócios

Transposição: após 5 anos, um desafio

RIO SÃO FRANCISCO

Transposição: após 5 anos, um desafio


Cinco anos depois do início das obras, um dos maiores projetos do governo federal em curso no País acumula atrasos, paralisações e acréscimos em seu orçamento. No entanto, o Ministério da Integração Nacional garante mais ritmo ao projeto a partir de agora.

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NO CEARÁ

Águas do ´Chico´ só no próximo ano


Vindas de Pernambuco, elas devem desaguar no Cinturão das Águas para chegarem a 93% do território cearense

As obras da transposição começaram no início do último janeiro no município cearense de Jati, que dista 525 quilômetros da Capital. Por lá, onde está o trecho mais atrasado da transposição, por enquanto, ainda são 120 pessoas envolvidas no trabalho de preparar a barragem já existente para receber as águas do Rio São Francisco.


Cid: "nós estamos procurando, através do Cinturão, dar efetividades a essa Transposição" Foto: Alex Costa

Mas os trabalhos deverão ser intensificados porque a promessa, que é um dos grandes desafios do projeto, é fazer com que as águas do Velho Chico cheguem ao Ceará ainda em setembro do próximo ano, sendo despejadas no reservatório e dele partindo para outras frentes.

Segundo o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, as obras desta e das demais barragens que serão construídas no Ceará, que fazem parte da meta 2N, ainda vão mobilizar 1.800 pessoas. No momento, a etapa está concentrada na implantação do canteiro de obras e na preparação da barragem de Jati, com supressão vegetal, destocamento e limpeza, estando também em atividade as equipes de fauna, flora e de arqueologia.

Cinturão receberá as águas

Quando a água chegar ao Jati, percorrendo aproximadamente 150 quilômetros desde Cabrobó, em Pernambuco, passando ainda por Salgueiro (PE) e Penaforte (CE), o governador do Estado, Cid Gomes, espera que seja dada funcionalidade ao projeto do governo federal por meio de sua interseção com o Cinturão das Águas do Ceará.

"Ficaremos, no Ceará, com o melhor manejo de águas dos estados da Transposição, com o Cinturão das Águas", garante Cid. O Cinturão se constitui de um grande sistema de canais para a condução das águas do São Francisco para a 93% do território cearense.

O projeto, como um todo, envolverá um investimento de R$ 7 bilhões, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A primeira etapa do empreendimento está em fase de licitação e os projetos das empresas concorrentes foram recebidos na última semana, segundo o governo.

Distribuição no Estado

Saindo de Jati, o Cinturão percorrerá 150 quilômetros, em cinco lotes, passando pelos municípios de Brejo Santo, Porteiras, Abaiara, Barbalha, Missão Velha, Crato e Nova Olinda.

O valor orçado desta etapa é de R$ 1,6 bilhões, e a expectativa do governo é de que as obras comecem em maio.

"Nós estamos procurando, através do Cinturão das Águas, já dar efetividade a essa Transposição. E que não seja somente alimentar o açude Castanhão, mas que possa também levar para outras regiões do Estado e ter um sub-pulmão, que é o açude Orós. O Orós passará a integrar, de partida, com o Cinturão, na sua primeira etapa, o Núcleo de Reservação do Estado, além do que ele já tem capacidade", defende o governador.

Lote em Jati

O lote no qual está incluída a barragem de Jati, o de número 5, recebeu autorização do Ministério da Integração Nacional para o início dos serviços em agosto passado, mas a ordem de serviço só foi emitida em dezembro último e as obras só começaram em janeiro. Não há sequer 1% concluído deste trecho.

De acordo com o ministro, houve problemas pelo fato de as jazidas previstas no projeto não estarem em conformidade com a realidade. Outro motivo foi a demora na licença ambiental para a supressão vegetal.

A barragem vai levar ainda um ano e meio para ser concluída, de acordo com a empresa responsável pela obra, a Serveng. Além da reforma deste reservatório, serão construídas seis novas barragens, sendo cinco no município de Brejo Santo e outro em Mauriti. A extensão total deste lote é de 40 quilômetros, de Jati à divisa com Mauriti. Contratada por R$ 518 milhões, esta meta deverá estar pronta em dezembro de 2014. (SS) 

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PROJEÇÃO GOVERNAMENTAL

Inauguração é prevista para 2015, apesar dos entraves


No quinto balanço do PAC, o projeto é classificado como empreendimento que exige "atenção"

O ano de 2012 passou e não se viram as águas do Rio São Francisco cortando os cada vez mais áridos sertões do Ceará, da Paraíba e de boa parte de Pernambuco, como se esperava que ocorresse nos idos de 2007, quando a obra de transposição do Velho Chico foi iniciada. Cinco anos depois, um dos maiores projetos do governo federal em curso no País acumula atrasos, acréscimos em seu orçamento, está com trechos paralisados, além de enfrentar denúncias de irregularidades nos contratos com as empreiteiras.

A expectativa é que o projeto atenda a 12 milhões de habitantes por onde passar FOTO: ALEX COSTA
No quinto balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), de setembro do ano passado, o projeto é classificado pelo governo federal como empreendimento que exige "atenção", em virtude das demoras nas obras, que já irão ultrapassar os três anos do cronograma inicial, assim como pelas diversas pendências ainda existentes.

Prazos e desafios

Mas, agora, o ministro da Integração Nacional, o pernambucano Fernando Bezerra, faz questão de garantir: o empreendimento está entrando em uma nova fase. O ministro afirma que vai retomar o ritmo da obra e fixa o ano de 2015 como novo prazo final para que o empreendimento seja inaugurado em sua totalidade. Mas o principal desafio, de acordo com ele, é anterior: colocar a água nos dois trechos da obra, Leste e Norte, ainda em 2014. Bezerra garante que, já no ano que vem, a obra contará com etapas úteis. Até lá, portanto, será preciso correr para desenganchar mais da metade do empreendimento que sequer saiu do papel.

Em maio do ano passado, durante uma audiência na Câmara de Deputados, o ministro já havia afirmado que estava no momento de ´remobilização´ das obras, e dizia acreditar que a construção do empreendimento alcançaria seu ritmo pleno até o fim do ano passado, o que, entretanto, não ocorreu.

43% concluídos

Em cinco anos de seu ´start up´, o chamado Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional, como é oficialmente chamada a transposição, alcançou apenas 43% de execução de suas obras físicas.



O empreendimento irá levar as águas do "Rio da Integração Nacional" - como se costuma nomeá-lo -, de seu leito em Pernambuco, em duas frentes: a Leste, chegando à Paraíba através de 220 quilômetros de obras; e a Norte, com 402 quilômetros, beneficiando o Rio Grande do Norte, além do Ceará e da Paraíba, por onde o trecho passará. A expectativa é de que o projeto atenda a 12 milhões de habitantes por onde passar.

"Foi inaugurado um novo momento, uma nova dinâmica das obras. É verdade que estamos atrasados, mas estamos vencendo os obstáculos", defende o ministro. A morosidade como veio sendo levado o projeto, gerando repercussões negativas e descrédito, da mesma forma que as paralisações de obras e denúncias de irregularidades, tudo isso foram motivos a mais para que o ministério buscasse novos métodos de fazer deslanchar o empreendimento, mudando a divisão de lotes, reduzindo o "picotamento" do traçado em inúmeros contratos e finalizando novas licitações para trechos não iniciados ou abandonados.

Ao longo do sertão nordestino, por onde os novos braços do rio passarão, ainda há traços de abandono de obras, canteiros desmobilizados, mas a retomada já é percebida e novos trabalhadores estão sendo contratados. Apesar de a transposição já ter tido o seu cronograma adiado por diversas vezes, Bezerra diz estar confiante na entrega do empreendimento até 2015. E os erros cometido, admite, serviram de aprendizado.

"Já existe muito conhecimento em campo. Praticamente em toda a extensão que a obra vai ser desenvolvida já existe um acúmulo de informação e conhecimento por parte dos nossos técnicos, por parte das supervisoras, da gerenciadora, dos próprios órgão de controle, e isso diminui muito as chances de controvérsias entre projeto executivo e a realidade da execução da obra em campo", justifica. Agora, resta esperar.

Custo subiu 80% e deve avançar mais

Nos idos de 2007, quando as obras da Integração das Bacias do Rio São Francisco foram iniciadas, previa-se que fossem gastos R$ 4,5 bilhões com o empreendimento. Contudo, os projetos básicos que balizavam estes cálculos estavam bem distantes da realidade e, junto com os percalços que surgiram no meio do caminho, a obra hoje está orçada em R$ 8,2 bilhões - 80% a mais. Mas este valor deverá ser alterado, e poderá ficar superior a partir de março deste ano.

No mês que vem, o valor será atualizado porque serão concluídas as contratações dos saldos remanescentes das obras, que representam, no momento, quase um quarto do empreendimento. Atualmente, 43% da obra da transposição estão concluídos, e outros 33,3% estão em andamento. Os 23,7% restantes são exatamente estes saldos remanescentes.

Gargalo

Em maio passado, em entrevista ao jornal Valor Econômico, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, afirmara que era a licitação destes saldos o principal gargalo da transposição. "Resolvida essa condição, as coisas vão melhorar", dissera. Os remanescentes estão divididos de forma equilibrada entre os dois eixos do projeto. O Eixo Norte, que inclui o Ceará, tem 25,7% das obras em remanescentes, 33,7% executados e a maior parte, 40,6% em execução; já o Eixo Leste conta com mais da metade (53,8%) das obras concluídas, e outros 21,5% em andamento. O saldo remanescente nesta etapa está em 24,7%.

Quando questionado sobre o acréscimo no valor, Bezerra afirma: "é importante também chamar atenção que quando o número de R$ 4,5 bilhões foi apresentado como custo, não estavam aí computados os correspondentes às compensações socioambientais, que são 38 programas e que hoje está previsto um investimento de quase R$ 1 bilhão, que não faz parte da obra civil, nem dos investimentos dos equipamentos na parte eletromecânica".

Mais precisamente, as somas a serem gastas com meio ambiente, que incluem resgate de bens arqueológicos e o monitoramento de fauna e flora, serão de R$ 968,6 milhões, ou 11,81% do valor total do empreendimento. Os principais valores que deverão ser alterados são os referente aos desembolsos com obras civis, que, atualmente, respondem por 70,20% do custo total da transposição, com R$ 5,75 bilhões. A parte eletromecânica tomará 11,35% do valor do projeto, com R$ 930,8 milhões. Os trabalhos de supervisão e gerenciamento geram gasto de quase meio bilhão de reais , representando 5,72% do orçamento, e o Projeto Executivo mais R$ 75,76 milhões (0,92% do total). (SS)

Orçamento

8,2 bilhões de reais é o valor do empreendimento até agora. A cifra inicial era orçada em R$ 4,5 bilhões, e a previsão é de novo acréscimo

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MINISTRO DA INTEGRAÇÃO FERNANDO BEZERRA

Conhecimento diminui chance de mais erros


Sob pressão para o cumprimento dos prazos da Transposição, ministro responde a questões do projeto

Ministro concedeu entrevista ao visitar o município pernambucano de Cabrobó quando esteve em visita ao eixo norte da Transposição do Rio São Francisco, na última semana do mês passado Foto: Alex Costa

A obra está atrasada em três anos e, agora, está sendo programada para 2015. É possível garantir esse prazo?

Nós estamos muito confiantes, e a razão disso é que os projetos executivos estão praticamente realizados, e já existe muito conhecimento em campo. Praticamente em toda a extensão que a obra vai ser desenvolvida já existe um acúmulo de informação e conhecimento por parte dos nossos técnicos, por parte das empresas supervisoras, da gerenciadora, dos próprios órgãos de controle, e isso diminui muito as chances de controvérsias entre projeto executivo e a realidade da execução da obra em campo.

O valor inicial do empreendimento já aumentou em 80%. Em março, haverá novas licitações. Isso leva a acreditar que vá aumentar ainda mais o custo?

Nós vamos informar em março porque estamos no meio da contratação dos saldos remanescentes. Esperamos concluir todos os processos licitatórios pelo menos dos editais e aí estaremos com os preços já definidos pelos Ministério da Integração. É importante também chamar atenção que, quando o número de R$ 4,5 bilhões foi apresentado como custo, não estavam aí computados os correspondentes às compensações socioambientais, que são 38 programas e que hoje está previsto um investimento de quase R$ 1 bilhão, que nem faz parte da obra civil nem dos investimentos dos equipamentos na parte eletromecânica. Eu diria que hoje todo o empreendimento descontados os investimentos na parte socioambiental está estimado em 6,8 bilhões. Portanto, uma correção pouco acima dos reajustes contratuais. Não é que a construção civil da obra tenha aumentado 150% (hoje, elas estão orçadas em R$ 5,7 bilhões), eu diria que as obras aqui aumentaram além dos reajustes contratuais. Os reajustes contratuais nós tivemos durante todo o período, se lembrar os primeiros editais, os primeiros contratos são de 2007, então você tem reajustes que são normais, são reajustes de direito, de contrato, que são frutos das divergências de quantitativos, do próprio processo construtivo que a obra teve que enfrentar pela divergência do projeto e a realidade de campo.

O Tribunal de Contas da União apontou irregularidades em R$ 734 milhões. Caso elas sejam confirmadas, o que vai ser feito pelo ministério?

Todas as recomendações do TCU são acatadas pelo Ministério da Integração. É importante reforçar que esses indícios de irregularidades apontados são frutos de relatórios, de acordos, mas não quer dizer que o ministério tenha contratado nada em discordância das recomendações do TCU. De 2007 para cá, mais de 60%, o ministério justificou e o TCU posteriormente acatou. E os 40% restantes, o ministério também corrigiu os seus editais, ou corrigiu os seus contratos. Portanto, não existe nenhum contrato em execução pelo ministério que não tenha sido auditado pelo TCU.

Mas se forem comprovadas as irregularidades?

Nós, quando chegamos, fizemos um levantamento, um ´pente fino´ para poder checar se ocorreu, ao longo da execução, alguma inconformidade entre o que foi pago e o que foi executado. Esse é o nosso dever, é procurar aplicar bem os recursos públicos. Então, nós temos cinco processos investigativos que estão em fase final, e o primeiro deles nós vamos apresentar o resultado na próxima sexta-feira [apresentado no último dia 8] e os outros quatro até o final de abril.

Insisto. O que vai ser feito se comprovadas as supostas irregularidades apontadas pelo TCU?

Primeiro, se houver pagamentos a maiores, ou pagamentos que não correspondam à realidade da obra executada, as empreiteiras ou os consórcios são notificados e serão chamados a devolver, a ressarcir. Eles poderão ser penalizados com advertência, com a punição de não participar de nova licitação, seja do ministério, seja do governo federal. Em alguns casos, apurar até as responsabilidades criminalmente.

O senhor já falou em reduzir o número de empresas e de contratos. Como isso está sendo feito?

Primeiro, as supervisoras. Eram 14, agora vamos ter quatro e já estamos com elas contratadas. A partir desse mês de fevereiro, as quatro supervisoras já estão com ordens de serviços emitidas e deverão trabalhar nas mais diversas frentes de serviço. Esse é um exemplo. O outro é na própria concepção das obras civis. Nós tínhamos 16 lotes de obras civis, cada lote com determinados consórcios, que envolviam três, quatro, até cinco empresas, e adotamos procedimentos de, a depender das exigências técnicas para a execução de cada uma das obras, limitar até a utilização de consórcios.

Como isso vai facilitar o projeto?

Facilita o planejamento, a supervisão, a fiscalização, o controle de tudo.

Que erros ocorreram e que não deverão ocorrer mais nas obras da transposição?

Se for fazer uma análise abrangente e sintética do que eu não teria feito se fosse começar a obra agora, eu não teria dividido a obra em tantas frentes de serviço. Hoje, existe um consenso entre os técnicos, os órgão de controle, TCU, CGU, o próprio ministério, toda a equipe técnica, entendendo que essa obra tem que ser concentrada. Exige engenharia especializada, exige firmas que tenham capacidade financeira adequada para tocar e mobilizar equipamentos necessários. Estamos falando de quatro mil equipamentos a partir do mês de maio, quando tivermos ela toda remobilizada, portanto, eu não teria dividido em 16 frentes de serviço, eu teria dividido no máximo seis frentes de serviço, três em cada eixo, ou até mesmo tentado o ideal, que seria duas frentes, uma para o Eixo Leste, outro para o Norte. Isso vale como reflexão para tantas outras obras que a transposição vai ensejar. Acho que, com esse aprendizado, nas próximas obras de construção de canais de água vamos procurar definir bem as etapas de cada trecho, e a funcionalidade de cada trecho, para que a gente possa ter, de fato, uma velocidade maior na execução.

Fonte: Diário do Nordeste - Negócios

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Mercado de luxo é aposta no Estado

FOCO DAS CONSTRUTORAS

Com crescimento no Ceará em cerca de 40% nos últimos três anos, o segmento tem ganhado mais visibilidade

Contabilizando um crescimento de 10% no ano passado em todo o mundo e uma expectativa mínima de crescimento de mais 15% para os próximos cinco anos só na América Latina, segundo levantamento da consultoria Bain&Company, o mercado de luxo tem se mostrado promissor também em terras cearenses.

Os cearenses representam 90% dos clientes de luxo, mas estrangeiros são nova aposta FOTO: DIVULGAÇÃO
No Estado, um segmento deste tipo de negócio vem ganhando cada dia mais visibilidade, tendo saltado cerca de 40% nos últimos três anos. Trata-se do mercado imobiliário de luxo, o qual ostenta uma crescente de lançamentos e de público alvo.

"Isso é resultado do desenvolvimento pelo qual passamos. Além disso, você alia o aumento do preço do metro quadrado ao requinte com a qual o empreendimento é construído e também ao aumento do poder aquisitivo. Tudo isso colabora para o mercado de luxo", afirma o coordenador de vendas da Alessandro Belchior Imóveis, Delano Belchior.

Para ele, a classe média alta também acendeu na pirâmide da sociedade e fez com que este tipo de consumidor passasse a ter acesso a produtos mais caros, neste caso, aos imóveis de luxo cujos preços ultrapassam o R$ 1 milhão. Delano arrisca ainda a dizer que este tipo de produto seria a bola da vez do momento e estima o crescimento em cerca de 40% nos próximos três anos, apostando no foco dado pelas construtoras e no desenvolvimento da cidade.

Empreendimentos


O superintendente de incorporação do grupo Marquise, Reginaldo Rocha, reforça esta ideia ao destacar o investimento em empreendimentos comerciais e residenciais enquadrados dentro do conceito luxo.

Hoje, ele disse ter dois prédios comerciais entregues, um na Beira-Mar e outro na Aldeota, além um terreno comprado (também na Aldeota) e o Mandara, no Porto da Dunas. O último, inclusive, é o produto melhor trabalhado para o conceito luxo, pois é concebido para ser segunda morada. São apartamentos entre 113m² e 148m² com preços entre R$ 650 mil e R$ 1,1 milhão.

Para o diretor de incorporações da BSPar, Fábio Albuquerque, "unidades residenciais de alto padrão são uma boa aposta devido à escassez de terrenos para a construção de novos edifícios e casas nos bairros nobres". A construtora na qual ele é diretor tem no Mirante Dunas o principal empreendimento, destinado para primeira moradia, e defende como diferencial para este mercado um estilo de vida "caracterizado pela exclusividade".

O empreendimento conta com 38 casas (de 312m² e 325m²), quatro vagas na garagem, em terreno de 2,7 mil m² de área de lazer com espaço gourmet, playground, churrasqueira, brinquedoteca, fitness, dentre outros espaços.

Desafio é trazer as pessoas


Responsável pelas vendas de outro grande empreendimento de alto padrão no Ceará, o Aquiraz Riviera, Mário Dias fala ainda que, para crescer em proporções consideráveis, o mercado de luxo precisa ser apresentado ao público cearense.

No resort onde trabalha, os cearenses também são maioria, mas, até chegarem lá, ele disse precisar promover atrativos. Não foram só anúncios de rádio, internet e mídia impressa que seduziram o público. No Aquiraz Riviera, o que funcionou foi a promoção via shows e eventos de maior porte. "O nosso grande desafio é levar o cliente até lá. Posso fazer uma descrição precisa, mostrar o melhor vídeo, mas não há nada melhor que fazer o cliente vir aqui", disse.

A 35 km de Fortaleza, o empreendimento vendido por Dias conta com um resort, um campo de golfe, 606 lotes residenciais de pelo menos 1 mil m², além de mais de 700 apartamentos, e precisou ter eventos nos fim de semana para a divulgação.

A aposta para este ano, no entanto, oscilam entre o atual responsável pelo maior faturamento do mercado de luxo - o cearense - e os estrangeiros que virão com os grandes eventos e as grandes indústrias.

"Os cearenses chegam a 90% dos nossos clientes, mas nós temos que aproveitar essa maré", argumentou o gerente de vendas do Aquiraz Riviera.

O coordenador de vendas da Alessandro Belchior Imóveis também identificou a chegada de executivos os quais deverão fazer parte da clientela de luxo do Estado e todos apostam no evento esportivo como vitrine para produtos disponíveis aqui. 

Fonte: Diário do Nordeste - Negócios (24.01.2013)

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