terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Parceria Diagonal e Rossa acaba após 6 anos

CONSTRUÇÃO CIVIL

Parceiras desde 2007, as construtoras Diagonal e Rossi seguem, agora, caminhos separados

Diagonal e Rossi estiveram juntas em mais de 20 empreendimentos residenciais e comerciais lançados no Ceará e Rio Grande do Norte foto: divulgação

Mais maduro e sólido, o mercado imobiliário cearense começa aos poucos a quebrar as amarras com as construtoras de fora do Estado - experiência iniciada em meados da década de 2000 - e parte para empreender em “carreiras solo”, ou ainda parcerias, mas com empresas da própria terra. No Ceará, a sociedade entre as construtoras e incorporadoras cearense Diagonal e a paulista Rossi chega ao fim, após seis anos de atuação conjunta e mais de 20 empreendimentos residenciais e comerciais lançados, desde 2007, nos Estados do Ceará e Rio Grande do Norte.

O fim da parceria entre as duas empresas foi confirmado ontem, pelo presidente da Diagonal, o empresário João Fiúza, segundo quem, o processo de “separação” se deu de forma tranquila, após seis anos de aprendizado e troca de experiências e de tecnologias entre as duas construtoras. No mesmo caminho, seguem, segundo informações de fontes do mercado no setor, as construtoras Magis e MRV Engenharia, cuja parceria também estaria se encerrando, em breve.

Situação dos contratos 

Apesar do fim da sociedade com a Rossi, Fiúza garantiu que nada muda nos empreendimentos em construção e que a Diagonal continua a responder por todos eles. Anunciou também, pelo menos, cinco novos empreendimentos próprios neste ano, da ordem de R$ 700 milhões, e a continuidade de parcerias com construtoras locais, como Idibra e BSPar.

Analistas do mercado imobiliário cearense, explicam que o início das parcerias das construtoras alencarinas com grandes incorporadoras de fora do Estado começou em 2003, com o início do “boom” da construção civil no País. Em busca de experiências, tecnologia, expansão, capilaridade e capital para atuarem em vários mercados, algumas empresas de fora e do Ceará buscaram se unir.

Para o vice-presidente do Sinduscon-CE, André Montenegro, essa experiência foi boa sob alguns aspectos; da tecnologia e troca de “expertise”, mas trouxe problemas, como o engessamento e menor velocidade de ação e decisão, inerentes às sociedades empresariais. “Hoje, o mercado imobiliário cearense está maduro, se expandindo e operando com as próprias pernas. Sabe produzir, comprar e vender sozinho”, avalia.

Segundo ele, outros fatores de mercado, como facilidades de crédito nos bancos para construir e financiar os imóveis, bem como o incremento da demanda e o amadurecimento produtivo e comercial das construtoras têm aquecido e profissionalizado o setor, permitindo avançar com as próprias pernas. “Quem apostou andar sozinho hoje está muito bem”, disse Montenegro.

Fonte: Diário do Nordeste - Negócios

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