sábado, 16 de agosto de 2014

Posco e Aço Cearense buscam mercado consumidor no Ceará

PARA CONCRETIZAR LAMINADORA
Segundo o grupo local, o projeto continua em análise. Agora, está sendo iniciada a fase do estudo financeiro

Na primeira fase, cerca de US$ 800 milhões deverão ser investidos na obra
O Grupo Aço Cearense e a sul-coreana Posco estão buscando alternativas para a venda, dentro do Ceará, dos aços planos a serem produzidos pela laminadora que estudam instalar no Estado. O estudo de viabilidade do empreendimento, que estava previsto para ser concluído até o fim de junho, ainda está sendo elaborado e não existe um cronograma definido.

"O projeto continua em estudo, principalmente na parte técnica para se definir o investimento, e tem alguns pontos que ainda precisamos buscar alternativas, principalmente sobre a questão da venda da placa para dentro do estado do Ceará", informou a Aço Cearense, por meio de nota enviada por sua assessoria de imprensa. A nota adianta, ainda, que está sendo iniciada, no momento, a fase de estudo financeiro do investimento para o projeto.

As duas empresas assinaram, em novembro do ano passado e após seis meses de conversas, um Memorando de Entendimentos (MOU), que estabelece a intenção de ambas de desenvolverem o estudo de viabilidade técnica e econômica para a instalação de uma laminadora de aços planos no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp).

De acordo com a Aço Cearense, a área em que a planta será construída ainda está sendo negociada. A laminadora deverá ser instalada em duas fases, com a primeira envolvendo investimentos de US$ 800 milhões.

Estimativa

Na etapa inicial, o empreendimento prevê a produção total em torno de 700 mil toneladas/ano de bobinas (ar quente, ar frio e galvanizadas). Já na segunda fase, o total chegará a 1 milhão de toneladas/ano das mesmas bobinas.

Sociedade

"A sociedade entre o Grupo Aço Cearense e a sul-coreana Posco já está acertada, por isso estamos desenvolvendo o estudo de viabilidade técnica e econômica para a instalação da laminadora de aços planos no Estado. Após definir este estudo é que serão definidas as participações financeiras de cada empresa", informou a assessoria de imprensa da empresa.

Conforme o grupo, este é "um projeto grande, complexo e, desta forma, vários pontos devem ser avaliados". A reportagem foi informada que diversas reuniões técnicas entre o grupo cearense e o coreano foram realizadas, em Fortaleza e na Coreia do Sul, para a definição dos equipamentos a serem utilizados na laminadora.

Empregos

A previsão é que a usina, que será o terceiro projeto siderúrgico a ser instalado no Estado, gere 1.500 empregos diretos. O Grupo Aço Cearense reforça que, de acordo com estudo elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), para este tipo de investimento, cada emprego direto gerado corresponde a 24 indiretos, o que somaria ao final 36 mil colocações.

O grupo cearense acrescenta ainda que o Governo do Estado também está trabalhando para viabilizar o empreendimento.

Siderúrgica

A Posco é responsável pela construção da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).

Fonte: Diário do Nordeste - Negócios 22/07/2014

domingo, 25 de maio de 2014

Foster diz que precisa da Premium II para ontem

A presidente da Petrobras defendeu as novas refinarias do Ceará e do Maranhão em audiência pública

Em depoimento, ontem, no Câmara dos Deputados, Graça Foster disse que à medida que as refinarias que estão em construção fiquem prontas, a empresa terá mais caixa e receita para realizar os novos investimentos
FOTO: DIVULGAÇÃO
A presidente da Petrobras, Graça Foster, anunciou para ainda este mês o pacote de licitações para a construção das refinarias Premium I no Maranhão e II no Ceará. A expectativa inicial, no caso da unidade de refino cearense, era de que o lançamento ocorresse ainda em abril, o que acabou não acontecendo. O anúncio foi feito, ontem, na Câmara dos Deputados, em Brasília, durante depoimento de Foster sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Ao todo, segundo já adiantou a Secretaria de Infraestrutura do Estado do Ceará (Seinfra), 11 pacotes deverão ser licitados, conforme o acertado com a Petrobras em reunião no último dia 18 de abril para tratar sobre o empreendimento.

Ontem, em seu depoimento, a presidente da estatal petrolífera defendeu a construção das novas unidades de refino, classificando-as como "fundamentais" em um momento em que a produção brasileira de petróleo está crescendo, e tendo em vista, ainda, que a última refinaria finalizada pela companhia ocorreu há 35 anos. "Os projetos das reinarias Premium I e II foram revistos, otimizados e simplificados, assim como chegamos a fazer com a Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). E a Petrobras, independentemente de questões políticas, ou não, aliás, nem tenho talento para isso, nem sei trabalhar assim, mas do ponto de vista empresarial precisamos dessas refinarias. Depois de muita discussão, inclusive com projetistas internacionais, vamos lançar os pacotes de licitações ainda neste mês. Estamos trabalhando para fazer agora em maio", garantiu Foster. Conforme assinalou, a Petrobras, nos últimos dois anos estava sendo bastante restritiva em relação a novos projetos. "Estamos finalizando as refinarias que estão em construção (referindo-se a Abreu e Lima), e à medida que estas forem ficando prontas, vamos ter mais caixa, mais receita e mais óleo, podendo assim iniciar novos investimentos", disse. "Mas o fato é que precisamos dessas refinarias para ontem", complementou.

Licença de Instalação

Antes prevista para o início de março deste ano, a Licença de Instalação (LI) da Premium II terminou sendo adiada para abril. No entanto, o mês chegou ao fim e o documento não foi expedido. A LI foi solicitada pela Petrobras no dia 23 de janeiro deste ano e tinha prazo estipulado, pela Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Semace), de 30 a 45 dias para ser liberado.

No dia 10 do mês passado, representantes da secretaria e da Petrobras chegaram a se reunir para tratar do licenciamento. Conforme disse à época o superintendente adjunto da Semace, Arilo Veras, o encontro serviu para que fossem abordadas as condicionantes ligadas ao empreendimento. "Depois que eles (a Petrobras) enviaram os documentos que tinham sido analisados, nós analisamos e marcamos essas reuniões, para mostrar o que precisa ser complementado ou não atendeu (às exigências)", declarou o superintendente.

Reserva indígena

Agendado para 14 de abril deste ano, o início do processo licitatório para a instalação da reserva indígena Taba dos Anacés também foi adiado e ainda não tem prazo para realização. O certame não ocorreu em virtude da necessidade de ajustes em seu edital, em função de nova legislação federal. A doação do terreno, onde será feita a reserva já foi aprovada pela Assembleia Legislativa.

Anchieta Dantas Jr.
Repórter

Matéria do Diário do Nordeste de 01/05/2014

terça-feira, 25 de março de 2014

Convênios garantem 34 mil casas no CE

MINHA CASA, MINHA VIDA

A Caixa Econômica Federal (CEF) e o Governo do Estado assinam, amanhã, convênio para a construção de 22.721 mil unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida no Ceará. A CEF subsidiará R$ 120,4 milhões para as obras.



Segundo o secretário das Cidades, Carlo Ferrentini, até o final de abril será fechado contrato com o Banco do Brasil de cerca de R$ 68 milhões para o financiamento de mais 11.234 mil casas.

De imediato, a ordem de serviço permitirá a construção de 6.698 casas, nos municípios de Crateús, Canindé, Maranguape, Maracanaú e Fortaleza e a retomada das obras de 3.776 habitações em Caucaia. O prazo para o fim destas construções gira “em torno de dezoito meses”, avaliou o secretário.

Para o início das obras, Ferrentini disse que o prazo depende apenas da CEF. Com o dinheiro dos convênios, o Estado poderá completar até R$ 9 mil no valor de cada casa que ultrapassar o teto federal, disse Ferrentini. Os valores para as construções de casas estavam em torno de R$ 63 mil em Fortaleza e R$ 59 mil no interior.

Segundo André Montenegro, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon), “essas quantias não eram mais suficientes para subsidiar as obras”. 

CGU abrirá processo, assegura ministro

REFINARIA

O ministro-chefe da Controladoria Geral da União, Jorge Hage, informou ontem que o órgão irá instaurar um processo disciplinar, de caráter punitivo, para apurar as responsabilidades na suposta omissão de informações em um relatório que baseou a decisão do conselho da Petrobras de comprar a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

De acordo com Hage, até a semana passada, a CGU apenas acompanhava o caso, mas decidiu abrir processo depois que, a presidente Dilma Rousseff disse que votou pela compra da refinaria baseada em um resumo técnico falho, produzido pelo então diretor da área internacional, Nestor Cerveró.

“Já vínhamos acompanhando através de nossa área de auditoria. Mas agora, a partir da nota do Planalto em resposta ao [jornal] ‘Estado de S. Paulo’, onde fica colocada a questão de omissão de informações ao Conselho de Administração por parte de um diretor da Petrobras, é evidente que a controladoria não pode deixar de determinar a apuração das responsabilidades: da individualização das responsabilidades e da apuração dos prejuízos”, disse Hage.

Segundo Hage, a Petrobras fornecerá, nos próximos dias, um relatório sobre as providências tomadas e esclarecimentos sobre o caso. Informou que pediu, ainda, as atas das reuniões do Conselho na época da compra, que foi em 2006, e informações complementares sobre os contratos. 

Fonte: Jornal O Povo - Economia 

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